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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Caminhando na chuva

Ao anoitecer,
Na companhia de um guarda-chuva escarlate e um sobretudo preto,
Desfilo em uma linha reta e sem fim.
E a cada gota que cai das nuvens, tento apagar as memórias que insistem em atormentar.
E ao fechar os olhos, recordo cada instante daqueles momentos...
O dormir já não se faz possível, pois com ele vem as lembranças indesejáveis.
Por esse motivo é que me encontro em um empasse,
Já não sei se continuo a andar sem rumo, buscando te esquecer.
Ou se retorno ao interior do escuro quarto que sufoca as recordações.
E você nem ao menos colabora para o fim desse sofrimento.

Mais uma gota cai,
Solitária e indiferente, entre as demais.
E assim me comparo.
Por mais que esteja cercada de pessoas, me parece que estou só.
E luto isolada por um fim que aparentemente não existe.
Como último desejo, peço que me deixe dormir em paz ao menos uma noite.
Para assim achar que o meu viver não foi apenas trevas, mas sim, ao menos uma noite de luz.

Mas por mais que eu implore por essa paz..
Já não sei se a quero realmente.
Pois por pior que seja,
Ao menos assim eu te tenho em meus pensamentos.
Já que você não quer mais estar entre mim.
Envolvido com o calor do meu corpo,
E o perfume dos meus cabelos.
Já não me importo se o seu querer não equivale ao meu.
Pois o meu sentimento supera qualquer diferença que possa existir entre nós.
Então, continuo andando e esperando que volte para mim.

2 comentários:

  1. Quem dera a chuva caregar as más lembranças para um locoal de onde não voltem nunca

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  2. Seria ideal, apesar de que as lembranças nos edificam, já que elas trazem motivos de fortaleza e aprendizado.

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