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domingo, 12 de junho de 2011

Em busca do novo

Em um final de tarde me acordei.
E senti como se aquela tivesse sido a primeira batida do meu coração, depois de uma tentativa de ressuscitação.
Saltei para fora da cama.
E ao tocar meus pés no chão, percebi uma frieza descomunal.
Me subiu uma sensação de angústia.
Tentei com relutância afastar ao máximo todos os pensamentos ruins que perpassavam a minha mente.
Para o meu alívio a dor em meu peito tinha cessado.
Resolvi tomar um banho, para espantar a sensação.
Com a queda d’água me veio de súbito uma ideia libertadora.
Em fração de segundos descobri do que eu precisava.
Precisava de férias.
Mas não igual aquelas que as pessoas estão acostumadas a terem.
Na qual passam um tempo afastadas dos seus estudos ou trabalho.
Não! Eu precisava tirar férias de mim.
Já não mais suportava acordar todos os dias e saber exatamente o que eu iria fazer naquele dia, e nos próximos.
Não aguentava mais sentir a rotina me dominando.
O novo já não me visitava fazia muito tempo.
E era disso de que eu sentia falta.
Eu queria mudar.
Mesmo nas coisas mais banais.
Poderia mudar o meu corte de cabelo, o estilo de me vestir, ouvir músicas que não fazem parte do meu feitio, qualquer novidade estava valendo.
Poderia plantar uma semente e esperá-la germinar.
Poderia escrever um livro que contasse a história de um desabrigado.
Qualquer coisa que antes não me faria sentido.
Queria olhar para o céu e contar as estrelas, descomprometidamente.
Queria doar a minha vida á alguém que desfrutasse dela, ao contrário de mim.
Vontade de mim sentir útil.
E envolta de meus pensamentos, decidi que apartir dali eu iria em busca do novo.